Obediência Cristã - parte II


Nos primeiros capítulos de Gênesis, o livro das origens, vemos Adão e Eva, instigados por Satanás, desobedecendo uma ordem do Criador. Já conhecemos toda a história. Depois desta desobediência sobrevêm as desgraças: eles perdem o direito do paraíso; Caim mata Abel... ocorre a confusão da Torre de Babel... veio o Dilúvio... depois as grandes guerras... A desobediência está nas nossas origens e só atrai desgraça! O pecado dos pecados é a desobediência.

O Diabo é o desobediente por excelência. Renunciando a Graça de Deus, ele mesmo quis ser deus. E é por isso que ele tenta, de todas as formas e em todas as situações, que os filhos de Deus sejam desobedientes. Ele sabe que, na medida em que alguém cultiva a desobediência, está se fechando em si mesmo, nas suas próprias verdades e aspirações humanas e renunciando a sua própria salvação.

Por isso, devemos renunciar ao diabo e cultivar em nosso meio o Dom da Obediência. Cristo, o Senhor das nossas vidas e do DJC, foi O Obediente por excelência. Sendo obediente, Jesus quis mostrar que a nossa salvação, pessoal e comunitária, passa pela obediência.

A obediência, antes de tudo, é graça de Deus; é Dom do Espírito Santo. É sinal de crescimento humano e espiritual. Somente alguém agraciado por Deus e maduro pode ser obediente, pois é algo próprio da pessoa imatura a rebeldia e a desobediência.
Quem vai amadurecendo passa a enxergar a obediência como uma necessidade e não somente com aquela conotação de que alguém está ‘mandando em mim’.

Chegar à obediência é todo um processo. Deve ser, portanto, cultivado. Isso vale tanto nas grandes como nas pequenas coisas. E todo este cultivo deve ser regado com muita mística e muita oração. Caso contrário, torna-se algo seco e sem sentido, com um peso insuportável.

Quando somos obedientes não quer dizer que deixamos de ser nós mesmos; não perdemos nossa identidade e nem autonomia. Pelo contrário, curvamos a nossa verdade a um objetivo muito maior. Passamos a escutar ao pé (para utilizar o significado do termo obediência). Passamos a escutar mais, agir mais e falar menos e contestar menos. E quando falamos ou contestamos, devemos ter fundamentos convincentes, que sempre são muito mais do que a nossa própria vontade.

É uma ilusão imaginar que podemos caminhar dentro da Igreja sem cultivar a Obediência, pois onde não reina a obediência, que é dom de Deus, reina a bagunça, a desordem e a confusão, que são frutos do Diabo.

Para ressuscitar dos mortos, Jesus teve que ser obediente na sua Paixão e Morte: “Meu Pai, se é possível, afaste-se de mim este cálice. Contudo, não seja feito como eu quero, e sim como tu queres” (Mt 26,38-39). Jesus poderia muito bem ter renunciado àquela etapa da sua missão e ter salvado a humanidade de outra forma. Sendo Deus, tudo estava ao seu alcance. Mas o Senhor sabia que era aquela a vontade do Pai e que era aquele o caminho que Ele mesmo tinha percorrido.

Tudo isso Jesus fez por amor ao Pai e à humanidade. Assim sendo, toda obediência é fruto do amor e da humildade:“apresentando-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz" (Fl 2,7-8). O fruto imediato de nossa obediência, por ter nascido do amor e da humildade, é que, a exemplo de Jesus, recebemos o reconhecimento e as bênçãos de Deus (Fl 2,9-11).

Maria é outro modelo de obediência. Mesmo em meio às incertezas e, até mesmo perturbações, que a mensagem do Anjo Gabriel deixou em seu coração, ela foi capaz de exclamar: “Eis aqui a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a vossa Palavra” (Lc 1,38). Que belo modelo a ser seguido! Tudo naquele momento era desfavorável para Maria. O contexto social não ajudava: como todos iriam receber a mensagem de que uma menina muito nova, que estava noiva, tinha engravidado? Maria além de perder o amor de José, seria apedrejada e mataria seus familiares de vergonha. Tudo aquilo ultrapassava e muito a compreensão daquela jovem judia. Mas Maria disse “faça-se em mim segundo a vossa palavra”.

Maria não só foi obediente, mas nos ensinou a ser. No Evangelho de S. João, encontramos, por ocasião de uma festa de casamento, a seguinte frase de Maria: “façam tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,4).

Em vários escritos do nosso Patrono São Paulo, encontraremos exortações acerca da necessidade da obediência: “obedecei aos vossos dirigentes, e sede-lhes dóceis; porque velam pessoalmente sobre as vossas almas” (Hb 13,17); “tenhais consideração por aqueles que se afadigam no meio de vós, e vos são superiores e guias no Senhor.” (1Ts 5,12).

É por isso que, para o nosso próprio bem e da evangelização, devemos cultivar a obediência dentro do DJC. Não é compreensível alguém que dá o seu SIM ao DJC, depois simplesmente desconsiderar os seus encaminhamentos. Isso é, ao mesmo tempo, contradição e ação diabólica em nosso meio.

Peçamos ao Espiríto Santo que nos conceda o dom da obediência. Que Maria e São Paulo interceda por nós. Que nos abramos a este dom com muita mistíca e amor.

Francisco Edmar de S. Silva
M. G. Desenvolvimento Integral

PT pune dois deputados que são contra a legalização do aborto


Após noves meses da abertura do processo, o julgamento final aconteceu nesta quinta-feira, 17. A Comissão Nacional de Ética do Partido dos Trabalhadores (PT) suspendeu alguns direitos partidários dos deputados Luiz Bassuma (BA) e Henrique Afonso (AC) por serem contra à legalização do aborto.

A maior punição caiu sobre o parlamentar baiano. Bassuma ficou proibido de participar de decisões na legenda e na Câmara, durante um ano; o PT determinou que ele retire todos os projetos de lei contrários à descriminalização do aborto e o impediu de participar de comissões parlamentares; não vai poder votar nem ser votado nas eleições internas e, dificilmente, terá a legenda para disputar as eleições em 2010.

Henrique Afonso, que é do Movimento Pró-Vida, também respondeu a processo, mas recebeu como pena a suspensão do partido por 90 dias.

Em seu discurso de defesa, publicado no site do deputado, Luiz Bassuma afirmou que sua posição contrária ao aborto não é só uma discussão religiosa, mas atinge toda sociedade. “Luto por uma causa que não é, como dizem, apenas religiosa. É muito mais ampla, com aspectos filosóficos, éticos, jurídicos, científicos, políticos, religiosos e espirituais. Trata-se de garantir o direito mais fundamental de todos os seres vivos: o de existir”, declara.

fonte:Cançao Nova

Articulação: caminho certo para uma boa evangelização


O DJC, por necessidade e desígnio de Deus, está se organizando de modo a garantir a formação de um tronco, a partir do qual novos ramos e frutos possam brotar. Este encaminhamento tem um único objetivo: tornar melhor o que já era muito bom. Em outras palavras, tem como objetivo melhorar a nossa missão evangelizadora.

Os nossos Estatutos já estão sendo estudados pelo Conselho Geral do DJC e, cada vez mais, os Ministérios Gerais estão sendo ocupados.

Uma das preocupações do Conselho Geral, e também diversas vezes colocada pelo nosso Acompanhante Geral Padre Marcos Oliveira, é que cada Discipulado ou Apostolado Específicos possam se articular para melhor evangelizar.

Neste sentido é desejo do Conselho Geral que, sem perder o foco local ou mesmo ficar divagando em pensamentos fora da realidade, cada Discipulado Específico, e também cada Apostolado, possa ir conversando e se articulando.

Desta forma, os Conselheiros Gerais têm, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade e uma ótima oportunidade de colocar em prática os encaminhamentos que o Senhor tem dado ao DJC.

É o momento de se articular. Por meio dos Encontros Vocacionais, mas também através de telefone, e-mail, blogs e etc. Hoje em dia a única coisa de que não podemos reclamar e da falta de comunicação. Se alguém deixa de se comunicar é porque não se esforçou muito para fazê-lo.

Por exemplo, o DJC Jovens, com a sua Conselheira Geral Edilma, poderá conversar com os respectivos responsáveis pelo DJC Jovens Locais e organizar um evento destinado especificamente à juventude. Da mesma forma Casais e Adultos.

Os Apostolados Específicos também podem seguir o mesmo caminho. Através dos seus responsáveis, e sob o comando dos seus respectivos Conselheiros Gerais, podem organizar momentos de oração, formação, encontros de aprofundamento e etc.

Tudo isso com muita oração, discernimento e diálogo, de tal forma que as coisas não sejam feitas de modo atropelado.

Quem não se articula acaba se perdendo no caminho, mesmo que este caminho seja a evangelização.

Estarei sempre disponível para ajudar a todos.

Graça e Paz!

Francisco Edmar de S. Silva
Ministro Geral de Desenvolvimento Integral