Carnaval: renúncia ao pecado e acatamento da Graça de Deus



A festa secular brasileira mais badalada está se aproximando. O carnaval está batendo às portas. Como ocorre em todos os anos, muitas pessoas já estão se preparando para os tão esperados dias de festa e de “alegria contagiante”.

Famílias inteiras já se programaram para curtir os três dias de folia. Já ligaram para os colegas, alugaram uma casa, compraram as roupas que vão utilizar, traçaram o itinerário de viagem, estão juntando o dinheiro necessário para ser gasto. Quase que diariamente conversam a respeito do que vão fazer neste carnaval e, claro, relembram, em tom de descontração, como foi o do ano passado.

A mídia, por seu turno, tenta vender um produto que há muito tempo está fora do prazo de validade e sem nenhuma serventia. Entre enormes sorrisos e comentários contagiantes os artistas famosos tentam convencer o maior número possível de pessoas com argumentos pífios e, não raras vezes, sem nenhum grau de inteligência.

Vendem a imagem da alegria, quando na verdade o produto oferecido só contem euforia. Anunciam felicidade, mas pressupõem que ela só pode vir acompanhada de orgias, bebedeiras e extravio de alimentos.

Continuam difundindo uma “cultura” que há muito tempo tem servido de base para a elevação do número de pessoas sem sentido para a vida e sem maiores motivações para construírem uma sociedade mais justa e rodeada de valores profundos e transformadores de vidas e de realidades. Propagam uma cultura que só tem servido de mola propulsora para alavancar a violência na sociedade.

Durante o carnaval poucos ganham. Aqueles que promovem estas festas, as bandas, os empresários envolvidos e os comerciantes enchem seus bolsos. É uma ótima oportunidade de ganhar dinheiro e fazer o seu pé de meia. No entanto, poucos lembram que este dinheiro é ganho às custas de muitas vidas. Quem vende um fardo de cerveja nem se toca que pode está entregando um passaporte para a morte daquele seu semelhante. Quem bebe e dirige embriagado não se conscientiza que pode ceifar a vida de pessoas inocentes que nunca quiseram fazer parte desta festa da morte, travestida de vida.

A grande maioria das pessoas não tem muito a ganhar. Quando o carnaval passa e caem na real, pensam um pouco, descobrem que a festa não tem muito sentido e que ela prometia muita euforia, mas que a vida delas continua tão ou mais vazia como antes.

Porém, elas não podem perder a pose. Não podem deixar transparecer diante dos amigos que tudo aquilo que programaram e que propagandearam antes não se realizou. Que dentro dela existe um grande vazio que pensava ser possível preencher com o carnaval, mas que não foi desta vez.


Mas a vida continua. O próximo ano virá. Novos argumentadores se colocaram de prontidão. E mais uma vez o clima de festa será criado. A propaganda será mais uma vez colocada no ar. A pressão amistosa dos amigos e dos parentes será novamente um grande atrativo. E, desta forma, continuaram a viver a vida de sempre. Esconder-se-ão detrás da mentira e da “solidão acompanhada”, pois como diz o Walmir Alencar “não dá para preencher vazio com vazio”.

O bom mesmo é passar o carnaval cultivando o seu sentido original: uma festa religiosa, em preparação para a Quaresma. E, como todos sabemos, a Quaresma é o período litúrgico que antecede a grande festa cristã: a Páscoa de Jesus.

Depois de passar pela paixão e morte o Senhor ressuscitou. Nos deu de presente a vida eterna. Através do seu sangue derramado na cruz nos introduziu no Reino Celeste. É isso que devemos comemorar durante o carnaval.


Se todos, durante o carnaval, procurassem um retiro espiritual a nossa sociedade não estaria neste “estado”. Sem farisaísmos e puritanismo é isso que ocorreria.

Por isso, em nome de Jesus, nós do DJC renunciamos ao carnaval e tudo o que de podre ele nos oferece embrulhado em papel de presente. Queremos passar estes três dias na presença dEle preparando o nosso coração para a Quaresma e para a Páscoa.


Faça esta experiência de Deus. Venha conosco para um carnaval com Jesus.

Francisco Edmar de S. Silva
MGDI