O movimento homossexual




“Acaso não sabeis que os injustos não hão de possuir o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus. Ao menos alguns de vós têm sido isso. Mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus” (1Cor 6,9-11)

O Senado argentino, seguindo o parecer da Câmara dos Deputados e contando com o apoio da presidente Cristina Kirchner, aprovou uma lei que libera o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Tal lei há vinte ou trinta anos atrás nem seria colocada em votação. Hoje, porém, a aprovação de leis deste tipo já começa a fazer parte do cotidiano da sociedade. A Argentina é o primeiro país da América Latina a aprovar uma lei assim. Mas, desde o ano 2000, a Argentina já é o décimo país (o primeiro foi a Holanda) a ter em seu arcabouço jurídico uma legislação deste teor. E a tendência é de crescimento.

É lamentável perceber que os movimentos a favor da legalização das relações homossexuais têm crescido assustadoramente nas últimas décadas. As denominadas “paradas do orgulho gay” são o maior símbolo deste crescimento. Milhares de pessoas se reúnem para marcharem a favor dos direitos das pessoas homossexuais. É bem verdade que uma boa parcela destas pessoas freqüenta estes encontros sem o menor interesse em defender as causas do movimento. Elas vão apenas por conta da festa e do barulho que elas promovem.

No entanto, o certo é que estes movimentos estão numa forte ascensão. Estão chegando, em várias nações, como rolos compressores, tentando confundir a opinião pública. Contando com o apoio da grande maioria dos meios de comunicação social, divulgam que querem ver os direitos dos casais heterossexuais estendidos aos casais homossexuais.

Os veículos de comunicação estão investindo pesadamente nesta campanha. Embora ainda não estejam fazendo a propaganda que desejam (com todo o vigor em comerciais, novelas e programas em geral), pois ainda sofrem uma importante resistências por muitos setores da sociedade civil, eles estão avançando nesta direção querendo forjar uma consciência social que promova a necessidade da institucionalização das relações homossexuais.

Como a propaganda é bonita e o desejo de votos é ainda maior, muitos governos estão comprando esta bandeira. Estão institucionalizando os reclames dos homossexuais. Isso, sob todos os pontos de vista, é muito grave. Não se trata de homofobia ou coisa do tipo. Também não se trata de deixar de amar quem tem uma tendência homossexual ou já enveredou por este caminho. Trata-se, sim, de afrontas a questões biológicas, sociológicas, antropológicas e teológicas profundas.

A legalização das uniões homossexuais, agora com o aval dos governos nacionais, é uma afronta a todos estes princípios. Foi sob estes pilares que a sociedade foi construída. Agora, a todo custo, querem fazer ruir estas colunas. As conseqüências de todo este processo serão nefastas. A história irá narrar todos os males provenientes desta campanha.

A princípio estes movimentos, com amplas frentes de lutas, parecem caminhar desconectados e sem uma bandeira única. No entanto, após uma leitura mais criteriosa da realidade, é possível afirmar que esta campanha se estrutura a nível mundial e se concretiza na realidade de cada país ou estado.

A Igreja Católica é uma grande força contrária a esta campanha. Muitas outras instituições religiosas cristãs e não-cristãs também estão nesta luta. Alguns outros setores da sociedade já se manifestaram contra esta “mordaça gay” que querem implantar.

Porém, com todo amor e sem violência, é preciso muito mais. A palavra de Deus é muita clara: “não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus” (1Cor 6,9).

Antes de tudo é preciso investir na evangelização, no anúncio da verdade do evangelho, pois “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,32).

Francisco Edmar
MGDI