“O fim de uma vida virtuosa é tornar-se semelhante a Deus”

(São Gregório de Nissa)


O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que “a virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem”.

É “uma disposição” porque, no seu mais profundo sentido, é uma inclinação e uma tendência que recebemos desde quando fomos tirados “do nada” pela graça de Deus e introduzidos no caminho da salvação através do santo batismo.

“É habitual” porque se trata de uma disposição duradoura que foi sendo, aos poucos, adquirida por meio da repetição. No nosso caso, como cristãos, não se trata de uma repetição meramente mecânica, mas uma repetição mística, que se renova no cotidiano de nossas vidas.

“Firme” porque se trata de algo sólido, com alicerce firme e inabalável. Uma vez adquirida e bem cultivada esta virtude nunca sucumbe ao nosso pecado, à tentação do diabo ou às influências negativas do mundo.

“Para fazer o bem” significa que toda e qualquer virtude, se for realmente verdadeira, está ordenada para o bem e nunca para o mal. Por isso se alguém, na sua ignorância, pratica o mal é porque, certamente, não cultivou em seu coração as virtudes. Quem cria condições favoráveis para o desabrochar das virtudes sempre plantará e colherá os frutos do bem, pois o nosso Deus é o Supremo Bem. E se as virtudes brotam do coração de Deus elas sempre nos levaram a praticar o bem e nunca o mal.

Existem as virtudes humanas e as virtudes teologais.

As principais virtudes humanas, também chamadas de cardeais, pois englobam várias outras, são prudência, justiça, fortaleza e temperança. Elas são fruto da nossa inteligência e vontade, mas “enriquecidas pela graça divina”. Elas “regulam os nossos atos, ordenam as nossas paixões e guiam a nossa conduta segundo a razão e a fé”. São cultivas ao longo de nossas vidas, através de uma repetição auxiliada pela graça de Deus.

As principais virtudes teologais são a fé, a esperança e a caridade (1Cor 13,13). São virtudes que como “origem, motivo e objeto imediato o próprio Deus”. Elas são concedidas com o objetivo precípuo da santidade e são mostra da ação do Espírito Santo em nossas vidas.

Tudo isso exige o nosso esforço, envolve o nosso querer no dia-a-dia, nas pequenas coisas, nos pequenos acontecimentos. Desta forma, o cristão é convidado a cultivá-las no seu trabalho, na escola, na igreja, no grupo de amigos, no campo de futebol e etc. Onde quer que ele esteja, seja qual for a circunstância deverá, com auxílio da Graça de Deus e exercício da sua vontade e liberdade, colocar em prática estas virtudes.

Que a vivência concreta das virtudes no ajude a seguir firmes e fortes como discípulos missionários dentro do DJC

Francisco Edmar de S. Silva

MGDI