Preparação para o RES 2011


No último dia 06 de dezembro, o Conselho Geral do DJC, delegou-me a missão de Coordenar a realização do RES 2011. Junto com os demais membros do conselho, cada qual naquilo que lhe compete, direcionarei este grande momento de evangelização e mergulho na Graça de Deus que o DJC realiza anualmente.

Ainda estamos no fim do mês de dezembro. Mesmo assim, a partir de hoje, começarei a publicar alguns textos, com temáticas diversas, para que sirvam de base para a nossa preparação espiritual para o RES 2011. O primeiro já se encontra publicado logo abaixo (A lei do treinamento, de Ignacio Larrañaga). Parece ser prematuro, mas não é. Dois meses passam muito rápido.

Na medida do possível, levando em consideração a caminhada de cada Organismo do DJC, peço que estes textos sejam repassados para membros do nosso DJC. Mesmo que não sejam meditados durante os encontros (o que seria bom para criar uma linguagem única), seria bom que estes textos fossem entregues a todos e, quando não for possível, que seja incentivada a visita ao Blog do MGDI.

Ainda virá, bem mais próximo do RES 2011 (6, 7 e 8 de março), a divulgação do evento. No entanto, está divulgação começa dentro do nosso coração. Devemos preparar o terreno do nosso coração para o RES. Só assim poderemos divulgá-lo com a mística que ele exige. Começamos isso a partir de hoje.

Graça e Paz a todos.

Francisco Edmar
MGDI

A lei do treinamento


Existe a lei do treinamento, válida tanto para os esportes atléticos como para o espírito. Se de repente te disserem: faze uma caminhada de trinta quilômetros, dirás por certo: “é impossível”.

Mas se começares a caminhando diariamente cinco quilômetros na primeira semana, oito quilômetros na segunda, e assim progressivamente, ao cabo de um ano não terás nenhuma dificuldade de fazer a caminhada de trinta quilômetros. O que acontecera? As potências atléticas estavam dormindo, talvez atrofiadas por falta de exercício. Ao serem postas em atividade, despertaram-se e desenvolveram-se os músculos.

Quanto ao espírito, acontece o mesmo. Todos levamos, enterrados nas dobras dos códigos genéticos, dinamismos espirituais e capacidades místicas, que hoje podem estar dormindo, atrofiadas talvez por falta de atividade.

Ao nos exercitarmos na atividade orante e aderirmos progressivamente ao Senhor Deus, despertam mais anseios de estar com ele, com crescente aumento de nossa atração por ele. Se continuarmos orando, Deus vai sendo cada vez “mais” Deus para nós; ou seja, o Senhor começa a ser-nos gratificação e festa, e doravante tudo começa a vivificar-se: as rezas e os sacramentos deixam de ser palavras e ritos vazios, e convertem-se em banquete espiritual. A castidade deixa de ser repressão e começa a ser misteriosa plenitude. As bem-aventuranças deixam de ser paradoxos para se transformarem em poços de sabedoria.

Frei Ignacio Larrañaga – livro “Itinerário rumo a Deus” (pág. 14)

Aborto é falsa e ilusória defesa de direitos humanos, diz Bento XVI



Bento XVI recebeu os bispos do Regional Nordeste 5 da CNBB - correspondente ao Estado do Maranhão - às 11h (em Roma - 7h no horário de Brasília) da manhã desta quinta-feira, 28, por ocasião da visita ad limina.

O Papa expressou uma firme condenação às estratégias políticas que tentam apresentar o aborto como direito humano.

"Seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até a morte natural. [...] Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático é atraiçoado nas suas bases".

A indicação do Papa está inserida na temática central do discurso, que girou em torno da missão da Igreja de fermentar a sociedade com o Evangelho, através do qual "ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina", afirmou.

O Santo Padre também defendeu o dever de os bispos emitirem juízo moral também em matérias políticas quando "os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem". No entanto, ressaltou que "o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos. [...] O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato".

A necessidade de melhor auxiliar a formação dos fiéis leigos no seu compromisso cristão e sócio-político foi salientada, de modo especial no que diz respeito ao bom uso do direito do voto. "Isto significa também que, em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum. [...] Neste ponto, política e fé se tocam", expressou.


Deus na sociedade

Bento XVI disse que uma sociedade pode ser construída apenas "respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana". Nesse sentido, defendeu que Deus deve encontrar lugar nas dimensões da esfera pública, em particular através da educação religiosa e ensino confessional e plural da religião também na escola estatal.

"Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história".

O Bispo Emérito de Viana (MA), Dom Xavier Gilles de Maupeou d'Ableiges, fez o discurso de saudação ao Papa em nome do episcopado. O Pontífice, por sua vez, agradeceu o zelo e dedicação dos bispos, indicando os grandes problemas de caráter religioso e pastoral. "O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança", disse.

Fonte: Canção Nova

Cardeal cobra posicionamento claro sobre aborto



O cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, defendeu a livre manifestação de padres e bispos, como o bispo de Guarulhos, dom Luiz Gonzaga Bergonzini, que prega voto contra a candidata Dilma Rousseff, do PT, alegando que ela defende o aborto.

- Eles (padres e bispos) são livres para se manifestar - argumentou o cardeal de São Paulo.

Mesmo lembrando que a posição oficial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é não indicar partido ou candidato, dom Odilo afirmou que não cabe punição ou qualquer tipo de reprimenda ao bispo de Guarulhos. Dom Odilo defende a pluralidade de posições e garantiu que não há divisão no clero.

- Evidentemente nós somos mais de 400 bispos católicos no Brasil, membros da CNBB. Nós temos cabeças diferentes e muitas vezes posições diferentes. Porém, a posição assumida pela CNBB, aquela da assembléia geral, ela vale, foi votado, portanto não há divisão - disse.

O cardeal, que já foi secretário geral da CNBB, disse que a monopolização do aborto na discussão da campamnha presidencial não é boa porque outros assuntos não são abordados, mas defendeu o direito dos eleitores conhecerem a posição dos candidatos sobre outros temas importantes para o país.


Quando perguntado se a posição do candidato sobre o aborto seria fundamental na hora de escolher o próximo presidente da República, Dom Odilo declarou que outros assuntos também devem ser levados em consideração.

“[O aborto] é uma das questões que os eleitores têm que saber o posicionamento dos candidatos. Porém, a polarização em torno do assunto não é boa, porque temos muitos assuntos que devem também ser levados em consideração [na hora do voto]”, disse.


Para o cardeal, os candidatos devem “se manifestar sobre aquilo que é sua posição [sobre o aborto], assim como tantos outros assuntos que interessam aos eleitores”.

Dom Odilo reiterou a posição da CNBB de não declarar apoio a partidos ou candidatos nesta disputa eleitoral. “A Igreja se propôs a não indicar partidos ou candidatos, mas apontar critérios e princípios com relação à escolha, que deve ser livre e autônoma.”

Questionado sobre integrantes da igreja que teriam indicado apoio a algum candidato, Dom Odilo afirmou que “se algum o fez é por sua responsabilidade própria. Não é uma posição oficial’. Ele descartou uma divisão na CNBB sobre o assunto. “A posição foi votada em assembleia geral, portanto, não há divisão”, declarou.

"Acredito que é bom que a questão do aborto seja também levada em consideração dentro dos debates políticos. É questão que merece consideração política. Ou a vida humana seria tão desprezível que não merece atenção da discussão política? Então, é importante que a questão em torno do aborto mereça a atenção política e um posicionamento claro daqueles que se propõem a governar e a legislar"

O arcebispo de São Paulo lembrou ainda que a Igreja Católica considera que a vida humana se inicia no momento da concepção. “Independente das condições que em que foi concebido, o ser humano precisa de amparo. A criança não deve pagar com a sua vida pelo que outros cometeram de forma errada”, disse.

Fonte: Comunidade Shalom

Os leigos podem ir aonde os padres não chegam



Na evangelização, uma parceria que dá certo é o trabalho dos sacerdotes e dos fiéis leigos. Sem nunca competir, mas em espírito de cooperação e unidade, os leigos podem chegar onde nós padres não podemos. Estão presentes em realidades que, muitas vezes, não alcançamos, por isso são uma ferramenta importante na ação evangelizadora.

Leigos bem formados e conscientes de suas identidades cristãs fecundam as diversas realidades da vida secular onde estão inseridos, a partir de seus lares até o trabalho, o comércio, a política... Evangelizam pelo seu testemunho de vida que fermenta toda a massa com a força do Evangelho.

"Homens da Igreja no coração do Mundo" – homens e mulheres batizados atuantes, influenciando a vida do mundo, transformando realidades e construindo comunhão pela retidão de suas vidas, pela luta constante do dia a dia para serem melhores uns para os outros.

"Homens do mundo no coração da Igreja" – pessoas de carne e osso, plenamente humanas, sintonizadas com o tempo presente, porém, orientadas por valores cristãos e alimentadas pelo Evangelho. Pessoas que, permanecendo no mundo e acompanhando suas transformações, continuam firmes na orientação da Igreja e na vivência do Evangelho.

Como o fermento que, sem aparecer, tem a força de fermentar toda a massa, os fiéis leigos contribuem diretamente para a construção do Reino de Deus, a partir de realidades muito concretas. São verdadeiros discípulos e missionários do Evangelho, promotores da vida e comunicadores dos valores evangélicos.

Reconheço, com alegria e humildade, que muito do que pude fazer na minha vida pastoral como sacerdote aconteceu graças à saudável parceria com diversos leigos, homens e mulheres, jovens solteiros e diversos casais que aceitaram o desafio de serem, no mundo, uma extensão da missão da Igreja para a construção de um mundo novo. A Canção Nova é uma prova concreta dessa parceria que dá certo. Você pode somar com a nossa missão, ou também na sua paróquia, com o sacerdote que aí está. Certamente vocês farão juntos muito mais. Deus seja louvado pela vida de todos os fiéis leigos, pois vocês são um dom de Deus e um instrumento eficaz para a ação da Igreja.

Chegar onde nós padres não conseguimos chegar e ser uma testemunha viva do Evangelho; eis aí uma linda missão, com um vasto campo de ação: o mundo.

Com minha bênção,

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Nota da Comissão Episcopal Representativa do Conselho Episcopal Regional Sul 1 – CNBB



A Presidência e a Comissão Representativa dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB, em sua Reunião ordinária, tendo já dado orientações e critérios claros para “VOTAR BEM”, acolhem e recomendam a ampla difusão do “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS” elaborado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 que pode ser encontrado no seguinte endereço eletrônico “www.cnbbsul1.org.br”.

São Paulo, 26 de Agosto de 2010.

Dom Nelson Westrupp, scj
Presidente do CONSER-SUL 1

Dom Benedito Beni dos Santos
Vice-presidente do CONSER-SUL 1

Dom Airton José dos Santos
Secretário Geral do CONSER SUL 1


APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS

Nós, participantes do 2º Encontro das Comissões Diocesanas em Defesa da Vida (CDDVs), organizado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB e realizado em S. André no dia 03 de julho de 2010,

- considerando que, em abril de 2005, no IIº Relatório do Brasil sobre o Tratado de Direitos Civis e Políticos, apresentado ao Comitê de Direitos Humanos da ONU (nº 45) o atual governo comprometeu-se a legalizar o aborto,

- considerando que, em agosto de 2005, o atual governo entregou ao Comitê da ONU para a Eliminação de todas as Formas de Descriminalização contra a Mulher (CEDAW) documento no qual reconhece o aborto como Direito Humano da Mulher,

- considerando que, em setembro de 2005, através da Secretaria Especial de Polítíca das Mulheres, o atual governo apresentou ao Congresso um substitutivo do PL 1135/91, como resultado do trabalho da Comissão Tripartite, no qual é proposta a descriminalização do aborto até o nono mês de gravidez e por qualquer motivo, pois com a eliminação de todos os artigos do Código Penal, que o criminalizam, o aborto, em todos os casos, deixaria de ser crime,

- considerando que, em setembro de 2006, no plano de governo do 2º mandato do atual Presidente, ele reafirma, embora com linguagem velada, o compromisso de legalizar o aborto,

- considerando que, em setembro de 2007, no seu IIIº Congreso, o PT assumiu a descriminalização do aborto e o atendimento de todos os casos no serviço público como programa de partido, sendo o primeiro partido no Brasil a assumir este programa,
- considerando que, em setembro de 2009, o PT puniu os dois deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso por serem contrários à legalização do aborto,

- considerando como, com todas estas decisões a favor do aborto, o PT e o atual governo tornaram-se ativos colaboradores do Imperialismo Demográfico que está sendo imposto em nível mundial por Fundações Internacionais, as quais, sob o falacioso pretexto da defesa dos direitos reprodutivos e sexuais da mulher, e usando o falso rótulo de “aborto - problema de saúde pública”, estão implantando o controle demográfico mundial como moderna estratégia do capitalismo internacional,

- considerando que, em fevereiro de 2010, o IVº Congresso Nacional do PT manifestou apoio incondicional ao 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3), decreto nª 7.037/09 de 21 de dezembro de 2009, assinado pelo atual Presidente e pela ministra da Casa Civil, no qual se reafirmou a descriminalização do aborto, dando assim continuidade e levando às últimas consequências esta política antinatalista de controle populacional, desumana, antisocial e contrária ao verdadeiro progresso do nosso País,

- considerando que este mesmo Congresso aclamou a própria ministra da Casa Civil como candidata oficial do Partido dos Trabalhadores para a Presidência da República,

- considerando enfim que, em junho de 2010, para impedir a investigação das origens do financiamento por parte de organizações internacionais para a legalização e a promoção do aborto no Brasil, o PT e as lideranças partidárias da base aliada boicotaram a criação da CPI do aborto que investigaria o assunto,

RECOMENDAMOS encarecidamente a todos os cidadãos e cidadãs brasileiros e brasileiras, em consonância com o art. 5º da Constituição Federal, que defende a inviolabilidade da vida humana e, conforme o Pacto de S. José da Costa Rica, desde a concepção, independentemente de sua convicções ideológicas ou religiosas, que, nas próximas eleições, deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalizacão do aborto.

Convidamos, outrossim, a todos para lerem o documento “Votar Bem” aprovado pela 73ª Assembléia dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB, reunidos em Aparecida no dia 29 de junho de 2010 e verificarem as provas do que acima foi exposto no texto “A Contextualização da Defesa da Vida no Brasil” (http://www.cnbbsul1.org.br/arquivos/defesavidabrasil.pdf), elaborado pelas Comissões em Defesa da Vida das Dioceses de Guarulhos e Taubaté, ligadas à Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB, ambos disponíveis no site desse mesmo Regional.

COMISSÃO EM DEFESA DA VIDA DO REGIONAL SUL 1 DA CNBB

Publicado em 27/08/2010 - 09:56

Um ecumenismo saudável para combater a relativismo eclesiológico e indiferença


Algumas palavras do Papa Bento XVI aos Bispos do Regional Nordeste III, da CNBB, por ocasião da visita ad limina. Aquelas partes que traduzem o objetivo geral do discurso estão em negrito. A versão completa do discurso se encontra no site do Vaticano (http://www.vatican.va/news_services/or/or_quo/text.html)


Senhor Cardeal,

Amados Arcebispos e Bispos do Brasil,

Há mais de cinco séculos, justamente na vossa região, celebrava-se a primeira Missa no Brasil, tornando realmente presente o Corpo e o Sangue de Cristo para a santificação dos homens e das mulheres desta bendita nação que nasceu sob os auspícios da Santa Cruz. Era a primeira vez que o Evangelho de Cristo vinha a ser proclamado a este povo, iluminando a sua vida diária. Esta ação evangelizadora da Igreja Católica foi e continua sendo fundamental na constituição da identidade do povo brasileiro caracterizada pela convivência harmônica entre pessoas vindas de diferentes regiões e culturas.

Porém, ainda que os valores da fé católica tenham moldado o coração e o espírito brasileiros, hoje se observa uma crescente influência de novos elementos na sociedade, que há algumas décadas eram-lhe praticamente alheios. Isso provoca um consistente abandono de muitos católicos da vida eclesial ou mesmo da Igreja, enquanto no panorama religioso do Brasil, assiste-se à rápida expansão de comunidades evangélicas e neo-pentecostais.


Em certo sentido, as razões que estão na raiz do êxito destes grupos são um sinal da difundida sede de Deus entre o vosso povo. É também um indício de uma evangelização, a nível pessoal, às vezes superficial; de fato, os batizados não suficientemente evangelizados são facilmente influenciáveis, pois possuem uma fé fragilizada e muitas vezes baseada num devocionismo ingênuo, embora, como disse, conservem uma religiosidade inata.

Diante deste quadro emerge, por um lado, a clara necessidade que a Igreja católica no Brasil se empenhe numa nova evangelização que não poupe esforços na busca de católicos afastados bem como daquelas pessoas que pouco ou nada conhecem sobre a mensagem evangélica, conduzindo-os a um encontro pessoal com Jesus Cristo, vivo e operante na sua Igreja. Por outro lado, com o crescimento de novos grupos que se dizem seguidores de Cristo, ainda que divididos em diversas comunidades e confissões, faz-se mais imperioso, da parte dos pastores católicos, o compromisso de estabelecer pontes de contato através de um sadio diálogo ecumênico na verdade.


Tal esforço é necessário, antes de qualquer coisa, porque a divisão entre os cristãos está em contraste com a vontade do Senhor de que "todos sejam um" (Jo 17,21). Além disso, a falta de unidade é causa de escândalo que acaba por minar a credibilidade da mensagem cristã proclamada na sociedade. E hoje, a sua proclamação é talvez ainda mais necessária do que há alguns anos atrás, pois, como bem demonstram os vossos relatórios, mesmo nas pequenas cidades do interior do Brasil, observa-se uma crescente influência negativa do relativismo intelectual e moral na vida das pessoas.

Não são poucos os obstáculos que a busca da unidade dos cristãos tem por diante. Primeiramente, deve-se rejeitar uma visão errônea do ecumenismo, que induz a um certo indiferentismo doutrinal que procura nivelar, num irenismo acrítico, todas as "opiniões" numa espécie de relativismo eclesiológico.

Paralelamente a isto está o desafio da multiplicação incessante de novos grupos cristãos, alguns deles fazendo uso de um proselitismo agressivo, o que mostra como a paisagem do ecumenismo seja ainda muito diferenciada e confusa. Em tal contexto - como afirmei em 2007, na Catedral da Sé em São Paulo, no inesquecível encontro que tive convosco, bispos brasileiros – "é indispensável uma boa formação histórica e doutrinal, que habilite ao necessário discernimento e ajude a entender a identidade específica de cada uma das comunidades, os elementos que dividem e aqueles que ajudam no caminho da construção da unidade.

O grande campo comum de colaboração devia ser a defesa dos fundamentais valores morais, transmitidos pela tradição bíblica, contra a sua destruição numa cultura relativista e consumista; mais ainda, a fé em Deus criador e em Jesus Cristo, seu Filho encarnado" (n. 6). Por essa razão, incentivo-vos a prosseguir dando passos positivos nesta direção, como é o caso do diálogo com as igrejas e comunidades eclesiais pertencentes ao Conselho Nacional das Igrejas Cristãs, que com iniciativas como a Campanha da Fraternidade Ecumênica ajudam a promover os valores do Evangelho na sociedade brasileira.


Prezados irmãos, o diálogo entre os cristãos é um imperativo do tempo presente e uma opção irreversível da Igreja. Entretanto, como lembra o Concílio Vaticano II, o coração de todos os esforços em prol da unidade há de ser a oração, a conversão e a santificação da vida (cf. Unitatis redintegratio, 8). É o Senhor quem doa a unidade, esta não é uma criação dos homens; aos pastores lhes corresponde a obediência à vontade do Senhor, promovendo iniciativas concretas, livres de qualquer reducionismo conformista, mas realizadas com sinceridade e realismo, com paciência e perseverança que brotam da fé na ação providencial do Espírito Santo.

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Papa Bento XVI
Fonte: L'OSSERVATORE ROMANO

Posturas que os músicos devem adotar



Dicas sobre a postura que os ministros de música devem adotar em animações litúrgicas, especialmente nas Celebrações Eucarísticas:

– Na Celebração Eucarística, o presidente é o sacerdote; portanto, antes de toda e qualquer celebração, converse com o sacerdote e exponha o que o ministério preparou em unidade com a equipe de liturgia.

– Sei de toda complexidade e até das diferentes interpretações sobre a liturgia que alguns padres dão. Em todo caso, vale a máxima: "Quem obedece não peca". Portanto, consulte o padre e obedeça-lhe.
Se você tiver conhecimento o bastante e abertura com o sacerdote, pode defender sua opinião. O diálogo nos faz crescer. Mas converse em outro momento, não poucos minutos antes do início da celebração.

– Missa não é show!

– Não chame a atenção do povo para si ou para seu grupo. Na Missa, Jesus é o centro.

– Não desvie a atenção das pessoas com "caras e bocas" durante a interpretação de uma música, nem na execução de um solo instrumental.

– Não converse durante a Celebração Eucarística. Escolha antecipadamente as músicas e seus respectivos tons. Se houver extrema necessidade de algum diálogo, faça-o da forma mais discreta possível. Nada mais desagradável do que um ministério se entreolhando com ar desesperado, de "qual a próxima música?" ou "qual o tom?".

– Não use, durante a Santa Missa, roupas com cores fortes ou estampadas, a não ser que você seja convocado de surpresa e não tenha condições de se trocar.

– Não use, de jeito nenhum, roupas sem mangas, decotadas, transparentes ou bermudas durante a Celebração Eucarística.

– Escolha os cânticos de acordo com as leituras e o tempo litúrgico. Não se pode cantar os hits, a não ser que se encaixem com o tema da celebração.

– Algumas fórmulas da Missa, como o "Cordeiro de Deus" não podem ser modificados. Estude liturgia, pois nela não dá para improvisar.

– Não queira ser um ministro de música "garçom", que apenas serve aos outros o banquete. Participe ativamente de cada momento da celebração, sente-se à mesa. Você também é um "feliz convidado para a ceia do Senhor".

fonte: Canção Nova

Orientações aos católicos sobre eleições e censo



Esta orientação que dom Odilo Scherer fez ao Clero e aos fiés de São Paulo é muito útil para todos os católicos. Por isso resolvi postá-la aqui no blog do Ministério Geral de Desenvolvimento Integral.


Estimados Padres da Arquidiocese de São Paulo


Escrevo-lhes sobre a campanha eleitoral, já iniciada, em vista das próximas eleições para os cargos do Poder Executivo (Presidente e Governador) e do Poder Legislativo (Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual).

Todos os cargos pleiteados nestas eleições são importantes; por isso requerem atenção especial de nossa parte. O destino político do Brasil, nos próximos anos, estará na mão daqueles que agora forem eleitos.

O Episcopado do Regional Sul I da CNBB (Estado de São Paulo), em sua assembléia de junho passado, emitiu uma Nota com orientações sobre como "Votar Bem", que lhes envio em anexo..Aconselho-os a divulgarem estas orientações através dos meios à sua disposição, não deixando de imprimir e de difundir as mesmas nos jornais paroquiais e na internet. Trata-se de uma ocasião importante para a formação da consciência política do nosso povo; os eleitores devem exercer bem o seu poder político, mediante o voto, escolhendo candidatos idôneos e comprometidos com o bem comum, com a justiça social, o respeito à vida, à dignidade da pessoa humana e com as demais causas boas.

Ao mesmo tempo, desejo comunicar-lhes algumas orientações da Arquidiocese de São Paulo com respeito ao envolvimento dos espaços e organizações eclesiais na campanha eleitoral.

1. Fique claro que a Igreja não tem uma opção oficial por partidos ou candidatos. Por isso, também os representantes da Igreja (Clero) não devem envolver-se publicamente na campanha partidária (cf Cân. 287 §2; 572).

2. Nas Missas e outras celebrações (homilias, cursos), não deve ser feita campanha explícita para partidos ou candidatos, quer por clérigos, quer por leigos. O envolvimento político-partidário direto do Padre, ou o uso instrumental, para isso, da celebração litúrgica divide a comunidade.

3. Os espaços eclesiais não devem estar, de forma exclusiva, a serviço de um partido ou candidato. Nos mesmos espaços eclesiais (templos, salões paroquiais) não sejam afixados apelos eleitorais de partido ou candidato.

4. No entanto, não se deixe de orientar os fiéis para que votem de modo consciente e responsável, dando o apoio a candidatos que sejam afinados com as suas próprias convicções e que, se eleitos forem, não promovam causas contrárias aos princípios cristãos na sua atuação parlamentar, ou executiva, sobretudo no que diz respeito à dignidade da pessoa e da vida, desde a sua concepção até à sua morte natural. No entanto, não se indiquem nomes.

5. Para melhor conhecimento dos candidatos e de suas propostas, é útil promover encontros de vários candidatos, para o debate e a exposição das propostas, no salão paroquial ou em outros ambientes. Porém, isso não deve ser feito no templo.

Acrescento uma preocupação relativa ao Censo 2010. A pergunta que se refere à religião ("qual é sua religião?") pode gerar confusão, perplexidade e distorção dos dados da realidade. De fato, quem responder "sou católico", ou "minha religião é a católica", será colocado diante de uma lista de nada menos que 27 opções de "católicos" ou de "religiões católicas" supostamente diferentes. Fica a pergunta sobre os reais motivos dessa formulação da questão, quando boa parte das alternativas (bem 12) dizem respeito à mesma Igreja/religião Católica Apostólica Romana. Nossos católicos poderão ser levados a indicar uma opção equivocada, que não corresponda à sua/nossa Igreja ou religião: Católica Apostólica Romana.

Portanto, recomendo que nossos fiéis católicos sejam oportunamente orientados a responder: "sou católico apostólico romano", ou "minha religião é a Católica Apostólica Romana". Sugiro que a questão seja explicada sem demora ao povo nas Missas (avisos) e em outras circunstâncias (jornais, revistas, internet). O Censo já está acontecendo. Em anexo, envio-lhes a lista do IBGE, relativa às opções de "católicos" constantes no Censo 2010.

Estimados padres, as questões acima expostas entram no nosso zelo pastoral, para conduzir, defender e servir, quais bons pastores, o rebanho do Senhor confiado aos nossos cuidados. Deus os abençoe e recompense!

São Paulo, 20.08.2010

Cardeal Dom Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

fonte: http://www.arquidiocesedesaopaulo.org.br/index.htm

Células-tronco embrionárias e aborto serão discutidos em debate



No próximo dia 23 de agosto, o Sistema Canção Nova de Comunicação e a Rede Aparecida vão realizar o primeiro debate entre os presidenciáveis promovido por TVs de inspiração católica. Todos os candidatos com representação na Câmara foram convidados. José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio Arruda Sampaio (PSOL) já confirmaram presença no programa.

O debate pretende criar um espaço inédito para que temas de interesse dos cristãos sejam tratados com profundidade, além de questões ligadas à saúde, educação, emprego, segurança pública, previdência, liberdade de imprensa e reforma agrária. O aborto, o uso de células-tronco embrionárias e a exposição de símbolos religiosos em locais públicos ganham destaque na pauta.

Aborto

Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), divulgado em 2008, mostra que pelo menos 3,7 milhões de mulheres entre 15 e 49 anos realizaram aborto. Ou seja, 7,2% das mulheres em idade reprodutiva.

Segundo a Instrução "Donum Vitae", elaborada pelo Vaticano para avaliar todas as questões morais relativas à bioética, a vida humana deve ser respeitada de maneira absoluta a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o homem deve ter reconhecidos os seus direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à vida. “O fruto da geração humana, desde o primeiro momento da sua existência, isto é, a partir da constituição do zigoto, exige o respeito incondicional que é moralmente devido ao ser humano na sua totalidade corporal e espiritual”.

Células-tronco embrionárias

Quanto ao uso de células-tronco embrionárias, a Igreja declara que não visa atrasar o desenvolvimento científico, como alegam alguns pesquisadores, mas ser em primeiro lugar a favor da vida. Em 29 de maio de 2008, o Superior Tribunal Federal aprovou esse tipo de pesquisa no Brasil. O país é o primeiro a liberar o uso de células-tronco embrionárias para estudo na América Latina e o 26º no mundo. O artigo 5º da Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005) libera no país a pesquisa com células-tronco de embriões obtidos por fertilização in vitro e congelados há mais de três anos.

“Salvar um e matar outro não é a resposta”, destaca o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Geraldo Lyrio Rocha, que acrescenta o seguinte, ao enfatizar que a Igreja não é insensível ao sofrimento das pessoas: "A Igreja é sensível ao sofrimento de tantas pessoas que desejam a cura e estimulam os cientistas para que possam progredir nas pesquisas a fim de que doenças incuráveis possam ter cura. A Igreja não concorda é com a manipulação dos sentimentos das pessoas e o seu desejo de viver, a sua esperança de encontrar uma cura, com informações falsificadas. Vamos passar informações corretas, seguras e não alimentar expectativas falsas".

De acordo com a Instrução "Dignitas Personae", escrito em 2008 e que trata sobre algumas questões de Bioética, “o corpo de um ser humano, desde as primeiras fases da sua existência, nunca pode ser reduzido ao conjunto das suas células. O corpo embrionário desenvolve-se progressivamente segundo um programa bem definido, e com um fim intrínseco próprio, que se manifesta no nascimento de cada criança".

Símbolos religiosos em locais públicos

Nos últimos anos, há uma discussão na justiça sobre a exposição de símbolos religiosos em locais públicos, enfatizada no ano passado pelo PNDH-3 (Programa Nacional de Desenvolvimento Humano). O embate gira em torno do fato de algumas pessoas alegarem que tal exibição fere a laicidade do Estado.

Para o jurista Dr. Ives Gandra Martins, é preciso esclarecer exatamente o que significa a palavra "laicidade". “Estado laico não significa que aquele que não acredita em Deus tenha direito de impor sua maneira de ser, de opinar e de defender a democracia. Numa democracia, todos têm o direito de opinar, os que acreditam em Deus e os que não acreditam. Mas, na democracia brasileira, foram os representantes do povo, reunidos numa Assembléia Constituinte considerada originária, que definiram que todo o ordenamento jurídico nacional, toda a Constituição, todas as leis brasileiras devem ser veiculadas 'sob a proteção de Deus', não podendo, pois, violar princípios éticos da pessoa humana e da família”.

O Papa Bento XVI afirmou que os sinais religiosos do povo não devem ser retirados dos locais públicos, porque quando se retira Deus da vida pública a sociedade se encaminha para o vazio e o mal.

O debate acontecerá no auditório da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, no dia 23 de agosto, a partir das 22h. E será transmitido ao vivo para todo o Brasil, e para alguns países, pelo Sistema Canção Nova de Comunicação e a Rede Aparecida. Estima-se um público de mais de 100 milhões de telespectadores.


Ariane Fonseca
Da Redação

Fonte: Canção Nova

Os cristãos e os meios de comunicação (parte I)



Não se engane. Nada na imprensa é feita por acaso. Por trás de cada notícia e de cada programa existe um interesse implícito. Até mesmo aqueles programas mais simples, que parecem desprovidos de qualquer interesse, tem uma meta, um objetivo a ser alcançado.

Quem patrocina estes programas só o fazem porque sabem que existirá um retorno. E como sabemos que para promover um programa é necessário um alto investimento (porque tudo na TV é muito caro), não é de se estranhar que estes empresários só o façam mediante um retorno, seja ele a curto, médio ou longo prazo.

Um dos principais objetivos que a mídia atual tenta alcançar é o de secularizar a humanidade.

E isso não é algo recente. Não é de hoje que grande parte dos meios de comunicação seja ela escrita, falada ou televisionada, tem como linha principal de ação deturpar o sentido da religião.

Por trás dos sorrisos e entrega de prêmios encontramos uma trama que, como não é explicita, passa despercebida aos nossos olhos. E não se trata de algo fantasioso, fora da realidade, mas bem próximo a nós.

Embora existam aqueles que mostram a que se destinam de modo declarado, muitos dos programas são muito sutis. Assim, programações com roupagem familiar, lúdica e de simples entretenimento, têm como finalidade tirar Deus do coração do homem e torná-los ateus práticos, embora participando de algumas atividades religiosas. Temos que ter muito cuidado.

Não podemos nos esquecer dos vários meios de comunicação que, mesmo não tendo nenhum vínculo religioso, ajudam a promover bons valores humanos por meio de sua excelente programação, bem como deixar de destacar as TV’s católicas que, por força da vocação, além de difundir bons valores humanos, repassam também valores evangélicos.

No entanto, estes formam a exceção, não somente a nível nacional, mas também a nível mundial. A grande maioria da mídia caminha em sentido oposto.

Basta uma breve verificação com olhar cristão para vermos o quanto de mal a programação de certas emissoras produz. Especialmente males em longo prazo, na formação da personalidade e do caráter de crianças e adolescentes, bem como a deformação da mentalidade já formada em adultos. É um caso sério e que não podemos deixar de meditar, sob pena de estarmos sendo “inimigos da cruz de Cristo”(Fl 3,18), como dizia São Paulo.

Quase tudo do que somos hoje como adultos adquirimos quando ainda éramos crianças ou adolescentes. O restante (só pequenos ajustes) foi sendo modelado a partir do que tinha sido deixado registrado na nossa personalidade e caráter por nossa família e meio em que vivíamos, enquanto estávamos em processo de formação. A mesma coisa vai acontecer com as crianças e adolescentes de hoje.

Devemos ficar com olhos abertos porque é nesta fase que incutimos os valores que irão nortear toda nossa vida. Formaremos aqui o nosso interior. Se ele for mal formado toda a nossa existência estará comprometida.

Todas as coisas na vida cristã, inclusive a determinação daquilo que chega aos nossos olhos e ouvidos por meio da TV e de outros meios de comunicação social, devem passar pelo crivo do discernimento no Espírito Santo: “discerni tudo e ficai com que o é bom” (Ts 5,21).

Muitas pessoas, sobretudo, crianças e adolescentes, em plena formação de consciência e caráter, são bombardeadas por uma programação de cunho imoral e amoral. E como em todo tiroteio, algumas pessoas serão atingidas por “balas perdidas” (que não têm nada de perdidas), dentre as quais muitas levaram seqüelas irreversíveis para o resto da vida.

No Congresso Nacional tramita um Projeto de Lei que diz respeito ao tipo de programação que é exibida no Brasil. Mas, como sempre, devido a pressões de quem tem dinheiro neste país, o projeto corre em passos de tartaruga. Deus sabe se ele sairá ao menos da gaveta. E caso saia não sabemos se será aprovado.

É uma coisa seriíssima e como bons cristãos que somos não podemos ficar olhando o tempo passar e com ele chegar todas as desgraças.

Graça e Paz

Francisco Edmar
MGDI

Halleluya 2010



Ontem à noite, dia 22 de julho, fui ao Halleluya 2010. No palco, além de outras apresentações, teve o show do Ministério de Música Adoração e Vida. Foi muito bom. Um show com muita unção. Apesar do atraso, por conta de cabo do som, foi um show cheio da Graça de Deus. Walmir Alencar, como sempre, tocou profundamente os nossos corações com as suas músicas.

De fato o Halleluya, evento de evangelização promovido pela Comunidade Católica Shalom, é um grande sinal da manifestação de Deus. Os shows, as adorações, as orações e as Santas Missas se transformam numa excelente oportunidade de refazermos a nossa aliança com o Deus Bendito.

Durante estes eventos fico sempre prestando atenção no modo como eles são encaminhados. Faço isso não pelo simples interesse de bisbilhotar ou, muito menos, para sair criticando. Faço para aprender e trazer tudo para o nosso DJC.

Uma das coisas que mais me chamou atenção neste Halleluya foi o acolhimento. Desde a chegada, logo na entrada dos carros, todos nos orientavam com muito carinho e firmeza, sempre apontando o lugar onde devíamos ir. Para quem chega meio desorientado, sem conhecer o local, isso é muito importante. E mesmo para que já conhece, devido o fluxo enorme de pessoas e veículos vindos de todos os lados, isso também é de suma importância. Depois, na entrada para o local onde estava localizado o palco, mais acolhimento. Vários jovens acolhiam o povo que ia chegando com um sorriso no rosto.

A segunda coisa que me chamou atenção, e que é algo comum entre as grandes novas comunidades, é o ato de pedir. Eles pedem mesmo. Com jeito e amor, mas pedem mesmo. Emir Nogueira pediu; Moisés Azevedo pediu; Padre Antonio Furtado pediu; os apresentadores do Halleluya pediram. Eles colocam a necessidade da comunidade e, simplesmente, estendem aos mãos e pedem. Vejo isso como algo muito bonito. Todos eles utilizam a mesma linguagem: olhem estamos promovendo o Halleluya. Ele custa tanto. Agora pedimos a sua colaboração. Não podemos fechar este evento com dívidas. Ajudem-nos.

A terceira coisa que me chamou atenção foi a estrutura geral do evento. É impressionante como o Shalom, ao longo de todos estes anos, aprendeu a montar uma estrutura aparentemente simples, mas muito eficaz. Banheiros, lanchonetes, local de confissão e adoração, stand da comunidade, camarotes. Tudo muito organizado. Sem muito luxo, mas eficaz. Isso é o que mais importa.

A quarta coisa foi a qualidade do som do evento. Aliado a belíssima estética do palco e dos próprios artistas isso é algo que fica marcado. É agradável de se ver e ouvir. De fato, se deslocar de casa para um lugar distante, e chegar lá ouvir e ver coisas de péssima qualidade deve ser repugnante. E olha que não estou falando de luxo, mas de bom gosto e zelo pelas coisas de Deus. É isso que devemos aprender.

Ao longo da minha meditação, de volta para casa, pensava o seguinte. E até cheguei a comentar com quem vinha no carro comigo: o Shalom conseguiu atingir este patamar de organização graças a misericórdia de Deus, doação e sacrifício de todos os membros da comunidade. Eles foram crescendo porque foram se dedicando de corpo e alma através do cultivo da espiritualidade e decisão do coração, inclusive no que se refere a parte financeira.

Por isso, pensava também: é uma grande contradição alguém que vai para o Halleluya, seja de comunidade ou movimento, vê tudo aquilo e quando chega ao seu campo de missão não é capaz de ajudar na construção do Reino de Deus.

E bem sabemos que esta construção tem dois caminhos que se complementam. Um espiritual e outro físico-humano. O espiritual se refere a tudo aquilo que cultivamos na nossa intimidade com o Senhor. Esta intimidade, inexoravelmente, nos leva a trilhar o segundo caminho. E é neste segundo caminho, guiado pela força do primeiro, que passamos a entender que precisamos nos doar e sacrificar pela obra de Deus. No nosso caso: pelo DJC.

E esta doação e sacrifício se referem a todas as dimensões de construção do DJC, inclusive financeira. Desta forma, quem do DJC vai para o Halleluya e vê todo mundo pedindo ajuda para quitar as dívidas do evento e não é capaz de colaborar com 1 real com a obra da qual faz parte, esta dando contra testemunho.

E o raciocínio para se chegar a esta conclusão é bem simples. O Halleluya, como evento de evangelização, custa um valor X. São os membros da comunidade Shalom que, de modos variados, devem colaborar, de modo pessoal ou buscando ajuda de terceiros, para quitar as dívidas. A mesma coisa deve ocorrer nos nossos eventos: Reavivamento, Kairós, Tríduo Paulino, Siloé e etc.

Além disso, quem vai para o Halleluya não chega até lá de graça. Sempre gasta um pouco (ou muito). Por isso, se a pessoa é capaz de gastar dinheiro durante o Halleluya (que como já disse é um ótimo evento. Eu mesmo estava lá) e não é capaz de contribuir mensalmente com o DJC é preciso que ela medite bem na sua caminhada dentro do DJC. E falo isso com muita tranqüilidade e zelo. Sei que todos que amam o DJC entendem. Tudo o que falo ou escrevo tem como finalidade o nosso crescimento.

Por tudo o que eu coloquei, quem vai ao Halleluya não pode deixar de querer ver o DJC crescer. E quem quer ver crescer valoriza tudo aquilo que é do DJC: Irmanador e demais subsídios, Siloé e demais eventos, Contribuição Fiel, uso da camisa e etc.

Se você olhar para a Comunidade Shalom e para o Halleluya e perceber o crescimento de ambos, vai se empolgar para ver o crescimento do DJC também. Não por competição, mas para maior honra e glória de nosso Senhor Jesus Cristo e edificação de sua Igreja.

Graça e Paz.

Francisco Edmar
MGDI

O movimento homossexual




“Acaso não sabeis que os injustos não hão de possuir o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus. Ao menos alguns de vós têm sido isso. Mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus” (1Cor 6,9-11)

O Senado argentino, seguindo o parecer da Câmara dos Deputados e contando com o apoio da presidente Cristina Kirchner, aprovou uma lei que libera o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Tal lei há vinte ou trinta anos atrás nem seria colocada em votação. Hoje, porém, a aprovação de leis deste tipo já começa a fazer parte do cotidiano da sociedade. A Argentina é o primeiro país da América Latina a aprovar uma lei assim. Mas, desde o ano 2000, a Argentina já é o décimo país (o primeiro foi a Holanda) a ter em seu arcabouço jurídico uma legislação deste teor. E a tendência é de crescimento.

É lamentável perceber que os movimentos a favor da legalização das relações homossexuais têm crescido assustadoramente nas últimas décadas. As denominadas “paradas do orgulho gay” são o maior símbolo deste crescimento. Milhares de pessoas se reúnem para marcharem a favor dos direitos das pessoas homossexuais. É bem verdade que uma boa parcela destas pessoas freqüenta estes encontros sem o menor interesse em defender as causas do movimento. Elas vão apenas por conta da festa e do barulho que elas promovem.

No entanto, o certo é que estes movimentos estão numa forte ascensão. Estão chegando, em várias nações, como rolos compressores, tentando confundir a opinião pública. Contando com o apoio da grande maioria dos meios de comunicação social, divulgam que querem ver os direitos dos casais heterossexuais estendidos aos casais homossexuais.

Os veículos de comunicação estão investindo pesadamente nesta campanha. Embora ainda não estejam fazendo a propaganda que desejam (com todo o vigor em comerciais, novelas e programas em geral), pois ainda sofrem uma importante resistências por muitos setores da sociedade civil, eles estão avançando nesta direção querendo forjar uma consciência social que promova a necessidade da institucionalização das relações homossexuais.

Como a propaganda é bonita e o desejo de votos é ainda maior, muitos governos estão comprando esta bandeira. Estão institucionalizando os reclames dos homossexuais. Isso, sob todos os pontos de vista, é muito grave. Não se trata de homofobia ou coisa do tipo. Também não se trata de deixar de amar quem tem uma tendência homossexual ou já enveredou por este caminho. Trata-se, sim, de afrontas a questões biológicas, sociológicas, antropológicas e teológicas profundas.

A legalização das uniões homossexuais, agora com o aval dos governos nacionais, é uma afronta a todos estes princípios. Foi sob estes pilares que a sociedade foi construída. Agora, a todo custo, querem fazer ruir estas colunas. As conseqüências de todo este processo serão nefastas. A história irá narrar todos os males provenientes desta campanha.

A princípio estes movimentos, com amplas frentes de lutas, parecem caminhar desconectados e sem uma bandeira única. No entanto, após uma leitura mais criteriosa da realidade, é possível afirmar que esta campanha se estrutura a nível mundial e se concretiza na realidade de cada país ou estado.

A Igreja Católica é uma grande força contrária a esta campanha. Muitas outras instituições religiosas cristãs e não-cristãs também estão nesta luta. Alguns outros setores da sociedade já se manifestaram contra esta “mordaça gay” que querem implantar.

Porém, com todo amor e sem violência, é preciso muito mais. A palavra de Deus é muita clara: “não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus” (1Cor 6,9).

Antes de tudo é preciso investir na evangelização, no anúncio da verdade do evangelho, pois “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,32).

Francisco Edmar
MGDI


O cristão não é obrigado a disputar um cargo político. Isso fica a critério de cada um, de acordo com o seu projeto de vida e jeito para a coisa. No entanto, o cristão não pode ser uma pessoa apolítica ou despolitizada, avesso ou contrário a toda e qualquer forma de reflexão política. Isso seria impossível, uma vez que todos os direcionamentos da vida em sociedade passam por decisões políticas.

Assim sendo, refletir sobre o quadro político que ora se coloca no país é um modo de sairmos da alienação política e encarar de frente a difícil tarefa de escolher os nossos representantes pelos próximos 4 anos.

Começaremos esta reflexão pelo montante em dinheiro a ser gasto nesta campanha. Ele demonstra o quanto estes cargos públicos, verdadeiras “minas de ouro”, são disputados no nosso país.

Há alguns dias, os nove candidatos à presidência da república declaram o quanto devem gastar na campanha eleitoral deste ano. Ao todo serão gastos mais de 463 milhões de reais.

Pensando bem é muito dinheiro a ser gasto. Mais isso representa apenas a ponta do iceberg. Estamos falando apenas do caixa 1, ou seja, daquele dinheiro que foi declarado à justiça eleitoral. O caixa 2, ou seja, o dinheiro não declarado, deverá representar um montante muito maior. É isso que temos visto nas últimas campanhas eleitorais.

O candidato que vai gastar menos, de acordo com o que foi declarado, é Rui Pimenta (PCO). Ele garante que vai gastar até 100 mil reais. E disse ainda possuir um patrimônio de 80 mil reais. O candidato Zé Maria (PSTU) declarou um patrimônio de apenas 16 mil reais e que pretende gastar 300 mil reais.

O patrimônio declarado de Mariana Silva (PV) é de quase 150 mil reais. O do seu vice, o empresário Guilherme Leal (proprietário da Empresa Natura), é de mais de 1 bilhão de reais. De acordo com o TSE o PV vai gastar até 90 milhões na campanha presidencial deste ano.

A candidata Dilma Rousseff (PT) declarou um patrimônio de pouco mais de 1 milhão de reais. Já o seu vice, Michel Temer declara possui um patrimônio de mais de 6 milhões de reais. A coligação pretende gastar nesta campanha um valor de 157 milhões de reais. É o segundo maior orçamento para a campanha deste ano.

A maior previsão de gastos é do PSDB. A coligação pretende gastar 180 milhões de reais. Jose Serra declara bens de quase 1 milhão e meio de reais. O patrimônio do seu vice (Índio da Costa - DEM) é praticamente o mesmo.

O valor declarado pelos outros candidatos completa o valor de 463 milhões de anos.

Como cristãos devemos ficar com os olhos bem abertos, pois quem gasta um montante desse, já deve pensar como vai resgatar este dinheiro ou retribuir àqueles que estão contribuindo. Na verdade a corrupção no Brasil já começa neste momento. Quem ganhar vai tirar “o que investiu”. Isso é uma pena, mas é pura verdade.

Por isso, sobretudo a CNBB, tem se preocupado em repassar orientações práticas, de acordo com os princípios éticos e morais da fé católica, quanto à postura dos cristãos (e cidadãos de modo geral) frente ao pleito de outubro. A igreja, como mãe, esta tentando nos mostrar o caminho certo.

Para não cairmos em falsas promessas, ou até mesmo em contradição com a nossa fé, é necessário muito discernimento e espírito crítico. A nossa fé deve iluminar a nossa escolha eleitoral.

Graça e Paz!

Francisco Edmar de S. Silva
MGDI

Quem conhece a Jesus muda de vida



Nas últimas décadas, paulatinamente, muitos católicos, infelizmente, estão deixando de vivenciar e proclamar a verdadeira fé em Jesus Cristo. Os dados do censo demográfico que o IBGE divulga a cada dez anos mostram claramente esta realidade. Isso é algo extremamente preocupante e nos faz pensar o(s) motivo(s) de tudo isso estar acontecendo.

É sabido por todos que muitos destes católicos, por falta de formação, estão migrando para outras denominações cristãs. Outros para denominações religiosas não-cristãs. Outros para seitas que nada têm de parentesco com o cristianismo. Outros, ainda, estão abdicando completamente da fé e enveredando-se completamente pelo caminho do ateísmo. De qualquer ângulo de visão o assunto requer discernimento.

A Palavra de Deus nos alerta em relação a esta condição: “como entre o povo antigo houve falsos profetas, também entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão sorrateiramente facções perniciosas, chegando até a renegar o Soberano que os resgatou. Eles atrairão sobre si repentina perdição” (2Pd 2,1)

Isso é uma verdade inconteste. Porém, meditando em toda a caminhada do cristianismo, é possível perceber que não são somente os falsos profetas os responsáveis por todo este cenário. Os falsos doutores e profetas sempre existiram e vão existir (2Pd 2,1). Eles são frutos da grande ação do inimigo de Cristo para dividir a Igreja.

No entanto, o que mais agrava este já deplorável cenário, é o modo como muitos cristãos católicos se comportam; como vivem e testemunham sua fé. É um modo tão falho que quem olha nunca pode enxergar Jesus. Fala-se uma coisa e, na prática, se vê outra. É uma verdadeira contradição performativa.

Padre Zezinho, em uma de suas músicas (cantiga por um ateu), já dizia: “em meu país cristão. Às vezes muita gente não crê no que acredita e afasta o seu irmão da religião”.

E, em algumas vezes, é isso mesmo. As pessoas olham para os cristãos e dizem: não vale a pena seguir Jesus, pois aqueles que dizem segui-lo não mudam em nada o seu modo de viver. Continuam da mesma forma, fazendo as mesmas coisas, freqüentando os mesmos lugares, mantendo o mesmo nível de conversas de antes, escutando as mesmas músicas, vendo e escutando os mesmos programas.

Não há metanóia. Não há conversão. Não há mudança de caminho. O caminho continua o mesmo. Por isso, para quem está olhando de fora, não percebe mudança. E se não há mudança não se cria uma condição diferente que possa atrair mais pessoas para a Igreja.

Muitos cristãos não somente não vivenciam a fé em Jesus, mas se tornam verdadeiros pagãos batizados. Tornam-se contra testemunhos vivos. Não são sal e luz no mundo (Mt 5,13). Muito pelo contrário. Pelo modo como vivem se tornam inimigos da cruz de Cristo (Fl 3,18). Tornam-se novos Judas Iscariotes.

A prática destes filhos de Deus mais se parece com a dos filhos das trevas (1Ts 5,4-5). E isso, sem sombra de dúvidas, é motivo de tristeza profunda para o coração de Jesus, pois o próprio Senhor falou: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não caminha nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12).

Meus irmãos e irmãs, o testemunho faz com que as palavras se tornem concretas e não fiquem somente ‘soltas ao ar’. As palavras são extremamente necessárias, pois são as que primeiro chegam aos nossos ouvidos e corações. Mais se estas palavras não vêem acompanhadas de atos, ou seja, do testemunho de vida, elas perdem todo o seu valor. O que edifica mesmo é o testemunho.

Mais de uma vez Jesus disse a seus discípulos que iria morrer para salvação deles e de toda humanidade (Mt 16,21). Ele não ficou somente nas palavras, mas de fato morreu. Por isso, quando os discípulos tiveram a certeza da ressurreição de Jesus não puderam mais lutar contra este testemunho que Jesus tinha dado. Assim sendo, mesmo com medo de serem presos e mortos, foram impelidos a saírem do lugar onde estavam trancados para anunciar a Boa Nova da ressurreição. Essa é a força do testemunho!

Assim deve acontecer conosco: as pessoas devem olhar para nossas vidas e enxergarem Jesus. Estas pessoas vendo Jesus poderão anunciá-lo a outras pessoas. Este ciclo continuará e Jesus sempre será anunciado por meio de palavras e, sobretudo, por meio do testemunho vivo que cada um dará.

Cresçamos nesta graça.

Graça e Paz!

Francisco Edmar de S. Silva
MGDI

Ao Deus Bendito da Aliança





Uma das grandes promessas que Jesus nos fez foi essa: “buscai antes o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo” (Lc 12, 31).

Em outras palavras, o Senhor Jesus quis nos dizer que, antes de qualquer coisa, devemos buscar aquilo que provém de Deus. E isso vale para todas as dimensões da nossa vida.

Queria aqui testemunhar o cumprimento desta promessa na minha vida. Peço perdão pelo método pouco objetivo de expor minhas idéias. Isso se deve a dois motivos. Mesmo não querendo que ficasse algo muito longo e cansativo para ler, não podia omitir alguns fatos, pois ficaria difícil o entendimento da minha “caminhada”. E depois, como é a primeira vez que publico um testemunho, não sei bem por onde começar. Ao longo de todo este período de caminhada discipular já presenciei muitas pessoas testemunhando a graça de Deus na vida delas. Porém, uma coisa é vê e escutar, outra é fazer.

Porém, quero deixar registrado para estas e futuras gerações do DJC. Vejo que quando alguém testemunha, mostrando o que Deus tem feito, ajuda os outros irmãos a recobrarem as forças na difícil caminhada discipular. Alguns fatos aqui colocados não estão ipisis litteres, mas mantém a sua essência, o que é o mais importante.

Começo pelo ano de 2001. Este foi o ano da chegada do padre Marcos na Área Pastoral São Francisco de Assis, no Canindezinho. Na época eu tinha 18 anos de idade e era um bom jovem. Estava estudando para o vestibular e levava uma vida cristã muito parecida com a de muitos jovens da minha idade. Tinha recebido os sacramentos do batismo e da eucaristia, freqüentava a Santa Missa e os principais dias de festa da Igreja, comungava e etc. Mas não passava muito disso. Era, na verdade, um cristão morno, medíocre (Ap 3,16).

O padre Marcos chegou e, como é do conhecimento de todos e sua marca registrada por onde passa, começou a colocar “a casa em ordem”. Isso não agradou a todos. Por conta disso fui orientado, por algumas pessoas vinculadas à comunidade que eu participava (todas elas com forte influência da Teologia da Libertação), a ficar “contra o padre”. Era ainda muito jovem e, conseqüentemente, muito manipulável.

Certa vez ele foi visitar a comunidade em que eu participava. Como ele já nos conhecia de Pacoti (somos conterrâneos e ele, ainda como seminarista, fez estágio pastoral na localidade onde eu morava), a minha mãe o reconheceu e começou a conversar com ele. Minha mãe me “reapresentou” a ele e, colocando a mão na minha cabeça, disse mais ou menos assim: muito bem. Assunto vai, assunto vem e eu, na minha inocência e guiado pela orientação que havia recebido, morrendo de raiva por dentro. De qualquer forma, até por educação fiquei ali, escutando tudo.

Poucas semanas se passaram e estava eu e algumas outras pessoas (dentre elas o meu primo Maurício) ensaiando na Igreja de São Vicente, no bairro de mesmo nome, para uma celebração. O padre chegou, acompanhado de uma pessoa (depois fui saber que era a Antonieta), e disse: bom dia povo de Deus. Foi, de cara, muito mal recebido. Começou a falar e, depois de alguns minutos, alguém o chamou de Marcos. O Padre, já sabendo quem eram as “peças”, tratou de pedir respeito e disse: epa, Marcos não.. Padre Marcos. Hoje sei que ele queria apenas que nós o respeitássemos. Porém, devido a esta sua atitude, fiquei ainda mais convicto que devia seguir a orientação das pessoas da comunidade.

Fui para casa e sempre falando mal do padre. Meu pai não gostava, mas como de praxe, ficava calado. Minha mãe é que dizia: pare com isso, respeite o padre porque ele é servo de Deus e nunca fez nada contra você.

Passado um pouco mais de tempo o meu primo Tiales disse: macho, vamos conhecer lá a casa do Padre. De pronto eu disse: Deus me livre, ele é muito arrogante. Mas logo depois ele disse a palavrinha mágica: lá tem um computador muito massa. Meu Deus, a raiva se transformou em alegria e curiosidade. Ao contrário de hoje, computador naquela época era coisa rara. Era muito caro. Como sou de família humilde precisaria vender a minha casa para comprar um computador, mesmo que fosse usado. Só tive contato com um quando fiz (e diga-se de passagem caríssimo), um curso de informática básica e de curta duração. Como o curso tinha acabado há pouco tempo estava com todo o verme.

Convencido pelo Tiales e pelo computador fui até a casa do padre. Todo acabrunhado, mas fui. Cheguei lá, entrei na casa (ainda toda desarrumada, pois o padre tinha chegado há pouco tempo e ainda estava organizando tudo), mas sempre “armado”. Caso ele dissesse alguma coisa eu estava pronto para retrucar.

Porém, logo que chegamos ao quarto dele (para dá uma olhada no famigerado computador) estava tocando o CD da Banda Anjos de Resgate. Lembro como se fosse hoje. A música que tocava era a faixa 10 (amigos pela fé) do CD “Deus está no ar”. Não vou dizer que me converti ali, que comecei a chorar e que, logo depois, fui pedir o perdão do padre. Nada disso aconteceu. No entanto, como o CD retornou para à faixa 01, escutei-o quase todo. Levei aquelas músicas na minha mente. De alguma forma elas foram me tocando. E, sem sombra de dúvidas, por trás delas estava Deus.

Passados mais alguns dias, comecei a ouvir falar do DJC. O Tiales, e outros primos meus, foram me falando. Certa vez, lá pela casa pastoral, alguém disse ao padre que eu estava participando. E ele me incentivou. A estas alturas eu já estava menos arredio.

Com pouco tempo o número de jovens aumentou demais. O padre Marcos pegou o grande grupo e dividiu em fraternidades cristãs. Cada uma tinha um coordenador e um ou mais auxiliares (hoje Corpo de Apostolado). Eu fiquei, junto com o Maurício, numa das fraternidades que era coordenada pelo João Paulo. Levava quase tudo na brincadeira. Mas aos poucos as coisas iam mudando.

Fui caminhando. Comecei a tomar gosto e a querer vê aquilo crescer. Passei também a ser catequista de crisma. Com o tempo fui designado, pelo padre e pela Ana Paula (então conselheira dos jovens) para ministrar pregação para os jovens. Foi muito bom, tempo de muito crescimento. Depois comecei a auxiliar na formação, junto com o Francisco (in memoriam). Fui amadurecendo mais ainda.

No entanto, com a saída do padre Marcos todos nós ficamos atônitos, perdidos. E eu mais ainda.

Ao final de um encontro de aliança ele me chamou para ir deixar algumas pessoas no Jari. Na volta, ainda dentro do carro, ele disse: agora vou para a sua terra (Palmácia). Pensei que ele estava falando de passeio. Mas logo ele completou: o bispo me transferiu e agora vou ser pároco de lá. Lembro-me bem que fiquei gelado e com vontade de chorar. Porém, mantive as aparências. Se não bastasse aquela notícia ele me pediu para que não contasse a ninguém, pois ele ainda ia encaminhar algumas coisas. Fiquei pensando: meu Deus como vou conseguir disfarçar?

Mas o “pior” ainda estava por vir. Alguns dias depois ele me chamou no seu quarto e disse que havia meditado, rezado e conversado com algumas pessoas e que tinha chegado à conclusão que eu seria a melhor pessoa para ser Acompanhante Local do DJC Fortaleza. Disse que eu seria executivo e que ele iria, mesmo de longe, me auxiliar. E que, além disso, a Socorrinha seria o “meu braço direito”. Os sentimento que experimentei no carro duplicaram neste momento. Tinha apenas vinte anos. Sabia que existiam pessoas muito mais maduras e com tempo de caminhada do que eu.

No entanto, junto com estes sentimentos, veio outro próprio da juventude: a euforia. E, Deus sabe, que foi graças a este que aceitei o convite. Se tivesse parado para pensar não teria aceitado. Sou franco, porque sei que Deus age através da nossa humanidade. Além disso, esta euforia foi, logo depois, fortemente podada, pois o “auxílio” que o padre disse que ia dá ficou apenas na intenção (é o seu modo pedagógico de ser: é se assumindo que aprende).

Para maior glória de Deus, apesar da minha imaturidade, acompanhei o DJC Fortaleza com muito amor e zelo. Muitas pessoas diziam: com a saída do padre Marcos o DJC vai acabar, pois esse menino mais parece um palhaço (se referindo ao meu jeito brincalhão) do que um acompanhante. Graças a Deus elas foram contrariadas. Fizemos (eu e as demais pessoas de frente) muito.

Eu trabalha, estudava e acompanhava o DJC. No final de 2003 sai do meu emprego na Contax (do mesmo grupo da OI). Com isso comecei a andar mais em Palmácia. Certo dia, numa conversa, o padre colocou a possibilidade de eu ir acompanhar Palmácia. No entanto, a conversa se perdeu no tempo. Porém, ela foi ganhando força até que, num certo momento, foi decido que eu iria. Tranquei a faculdade, arrumei minhas coisas e fui. Mesmo tendo dado a minha resposta fiquei com duas inquietações: ia ficar com muita saudade do DJC Fortaleza e não sabia se conseguiria acompanhar Palmácia, pois se tratava de uma realidade totalmente diferente.

Entretanto, mais uma vez para a glória de Deus, apesar de alguns insucessos como acompanhante, ao vir embora para Fortaleza, no começo de 2007, a fim de terminar a minha faculdade, muitas coisas e pessoas boas ficaram lá. Tínhamos muitas pessoas ajudando na evangelização e havíamos conseguido adquirir nossa sede.

Vim para Fortaleza. Reassumi o DJC daqui e recomecei a faculdade. Por providência de Deus, na primeira semana de aula, encontrei um és colega, que havia entrado na mesma época que eu. Ele era o único que ainda estava lá. Me falou que estava fazendo mestrado e perguntou se eu não queria ajudá-lo na sua pesquisa. Disse que me colocaria no mesmo laboratório que ele. Explicou-me que não tinha bolsa de estudo. Mas eu disse logo: não eu vou. Era a mão de Deus!

Pouco tempo depois ganhei meia bolsa de estudo (150 reais). Pouco tempo depois uma bolsa completa (300 reais). Terminei a minha graduação e, na primeira tentativa, passei no mestrado. Muitos dos meus colegas já estão tentando a cerca de dois, três anos. Eu, graças a Deus, passei de primeira. Hoje recebo uma ótima bolsa do estado do Ceará para me dedicar somente ao estudo.

Na mesma época que passei no mestrado também fui aprovado no concurso para professor do estado do Ceará. Sem querer me exaltar consegui ser aprovado, dentre quase 2.500 inscritos, em 16º lugar. Nesta semana estou organizando a documentação e realizando os exames para tomar posse. Louvo e agradeço a Deus por, com 27 anos apenas, já ter a minha vida encaminhada. Ela ainda será bem difícil, mas sei que já dei passos importantes.

E esses passos só foram dados porque um dia conheci o DJC e, através dele, Jesus. E através de Jesus a Vida Nova. Se isso não tivesse ocorrido, certamente não tinha chegado aonde cheguei. Teria seguido o mesmo destino de muitos dos meus amigos de infância: beber, usar drogas, ser assassinado, se juntar, bater na esposa e etc. Mas ao abrir as portas do meu coração para ele, dentro de uma caminhada discipular simples e sincera, Ele foi cumprindo todas as suas promessas.

Graças a Deus, à minha caminhada discipular e ao DJC, o meu irmão hoje está na Colômbia, como seminarista, na caminhada para uma possível ordenação sacerdotal. E ele sempre diz que se decidiu a seguir este caminho a partir do momento em que eu o chamei para conversar e por tudo aquilo que foi vendo no DJC.

A minha família não é santa, mas aprendeu a se orientar pela fé e pelos ensinamentos da Igreja que recebemos dentro e fora do DJC.

Não sei se me fiz compreender. Mas só queria dizer: “buscai antes o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo” (Lc 12, 31).

A sua história não será minha. Por isso, ao seu modo busque o cumprimento desta promessa na sua vida.

Desculpem-me pelo tamanho do texto.

Graça e Paz.

Francisco Edmar
MGDI

A correção é necessária?


”Meu filho, não despreze a correção do Senhor e não perca o ânimo quando for repreendido por ele; pois o Senhor corrige a quem ele ama e castiga a quem aceita como filho. Em vista da educação é que vocês sofrem. Na hora, qualquer correção parece não ser motivo de alegria, mas de tristeza; porém, mais tarde, ela produz um fruto de paz e de justiça naqueles que foram corrigidos”
(Hb 12,5.611).

Não raras vezes ficamos chateados, e até mesmo magoados, com a pessoa que está responsável por nós pelo fato de ela ter chamado a nossa atenção em alguma coisa. Diante disso, ficamos querendo jogar tudo para o alto, pois o nosso ego fica abalado.

Essa é uma atitude que faz parte da natureza humana. No entanto, isso não significa que é correta e que deve ser repetida. Muito pelo contrário. Ela deve ser trabalhada na presença de Jesus pelo auxílio do Espírito Santo.

Tanto no Antigo como no Novo Testamento encontramos a certeza de que a correção/direcionamento provém do coração de Deus e que ela é necessária para que possamos caminhar sempre na verdade ( Gn 12,1-2; Ex 3,16; Js 1,2-3; Ez 3,16-21; Lv 19,17; Dt 19,15; Mt 18,15-18; 2Ts 3,15; Gl 6,1; 2Tm 2,25-26; Hb 12,11; Tg 5,19). Citamos aqui somente alguns, mas existem vários outros, sobretudo nos Evangelhos, onde Jesus indica aquilo que os discípulos precisam realizar em sua missão ( Mt 10,5; 21,1; Lc 10,1-12).

Alguns destes textos sagrados são bastante claros. Vejamos só o que podemos ler na carta aos Hebreus: “Na hora, qualquer correção parece não ser motivo de alegria, mas de tristeza; porém, mais tarde, ela produz um fruto de paz e de justiça naqueles que foram corrigidos” (Hb 12,11).

É de fato isso o que acontece quando recebemos uma correção: dói. E causa dor porque geralmente pensamos que a nossa verdade é a verdade absoluta e, por isso, não aceitamos que ela seja re-direcionada e podada. Esta correção acaba mexendo com o nosso ego. Nosso egoísmo e vaidade são feridos.

Porém, a Palavra de Deus nos mostra que, embora no momento exato a correção machuque e entristeça, depois os frutos colhidos são de “paz” e “justiça”. Estes são os frutos que se manifestarão quando o Senhor vier “justiça e paz se abraçaram” (Sl 85,11)

Diante desta certeza que a Palavra de Deus nos traz não podemos ter medo de orientar o Povo de Deus que está sob a nossa responsabilidade. As atitudes de orientar e educar são próprios de quem ama, pois “quem ama educa”.

Todos os passos que damos na nossa vida precisam ser orientados: na escola pelo professor; na profissão pelo nosso superior; na sociedade pelas leis em vigor; na Igreja por quem Deus colocou como nosso responsável. Tudo isso porque quem não é orientado de forma correta acaba sendo de outra forma, não raras vezes equivocadas. Isso é uma das causas de muitos fracassos na caminhada

No DJC esta orientação recebe o nome de Acompanhamento Personalizado. Ele está dentro do MEAD (Método de Evangelização e Acompanhamento de Discípulos), sobretudo na segunda parte, onde, já tendo a nossa fé reavivada, passamos a vivenciar o nosso Desenvolvimento Integral.

Este Acompanhamento Personalizado é realizado pelos Articuladores, Coordenadores, Conselheiros e Acompanhantes. Somente eles estão autorizados a fazê-lo, uma vez que é missão específica deles. Esta é uma precaução tomada até para que não se banalize algo tão fundamental para o nosso crescimento como discípulos e missionários de Jesus Cristo, onde toda pessoa pode ficar entrando na vida e na missão do outro. Isto de forma alguma é fechamento, mas organização.

O Acompanhamento se faz na prática do dia-a-dia, com orientações pontuais, de acordo com a necessidade de cada momento, mas também em momentos específicos que serão especialmente reservados. Se quem é o responsável por orientar não o fizer está incorrendo em pecado grave, pois se Deus deu o Carisma devemos colocá-lo em prática.

Jesus nunca teve medo de orientar e se dirigir aos seus discípulos. Várias passagens dos Evangelhos nos mostram esta realidade. Ele sabia como falar, mas não tinha medo de falar.

Por fim é preciso dizer que a orientação deve sempre ser acompanhada do amor e do
discernimento, pois embora às vezes seja necessário falar de forma mais “dura” nunca podemos perder de vista que a orientação deve ser fruto do amor e que deve gerar na pessoa crescimento. É só equilibrar pulso firme com amor. Jesus sempre soube

Da mesma forma que Jesus teve que se dirigir aos vendedores do templo de um modo mais “áspero” com o intuito de mostrá-los o valor da casa de Deus (Mt 21,12) também nós, mesmo nos momentos de correções mais “claras e diretas” devemos ter em mente o amor e como horizonte que aquela pessoa está em crescimento.

Graça e Paz!

Francisco Edmar
MGDI

O zelo pela nossa IDENTIDADE é algo irrenunciável



O cultivo da nossa Identidade como Movimento Católico de Evangelização é algo irrenunciável. Se alguém ama o DJC, automaticamente, zela pela sua identidade. Não dá para desvincular uma coisa da outra, pois quem ama cuida.

Cuidar significa zelar com o desejo de ver crescer. Por isso, desde que entrei no DJC, e sobretudo quando fui mergulhando na sua vocação e missão, fui percebendo: todos aqueles que realmente amam o DJC vão fazendo o possível e o impossível para zelar pela sua Identidade.

Assim estas pessoas, literalmente, doam a vida pelo DJC. Elas sabem que ao fazer isso, em última instância, estão doando a sua vida pela Igreja e por Jesus. E é isso que as move.

Por isso, elas sentem gosto e desejo de contribuir financeiramente com a obra, usam a camisa e os subsídios do DJC, valorizam as sedes do DJC, falam bem do DJC, gostam de dizer que pertencem ao DJC, participam dos encontros promovidos por ele, evangelizam com unção e parresia. E assim por diante.

Estas pessoas não estão preocupadas com a sua promoção pessoal, muito menos pensam apenas no usufruto dos bens e estrutura do DJC. Elas passam os seus dias, mesmo em meio as seus afazeres seculares, pensando no bem da Obra, como fazê-la crescer. Ficam meditando nas melhores maneiras para zelar e cultivar a Identidade DJC.

Sem Identidade não dá. É o mesmo que nadar, nadar e morrer na praia. Na verdade uma Identidade forte, que é diferente de Identidade fechada, é questão de vida ou morte para a manutenção de uma Obra de Evangelização.

Ora, se acreditamos numa proposta de evangelização (do DJC) é mais do que normal e natural que desejemos ardentemente cultiva - lá, regá-la e vê-la crescer. É isso que se espera daqueles que estão no DJC, sobretudo em serviços e ministérios de maior responsabilidade.

E por que isso? Porque cremos tanto que esta proposta pode levar pessoas a Jesus que desejamos que ela perdure por muitas e muitas gerações. Queremos que, quando da nossa partida para eternidade, os que ficarem sintam-se tão chamados quanto nós a seguir Jesus através desta proposta.

Dentro da Igreja de Jesus nenhum movimento é mais importante do que o outro. Na verdade só existem duas diferenças entre um e outro: tempo de existência e estrutura. No entanto, isso não significa maior importância, uma vez que cada qual contribui, a seu modo, na implantação do Reino de Deus. E a implantação do Reino de Deus revelado por Jesus é a razão de ser da Igreja. Por isso, não existe movimento mais importante do que outro. Cada qual tem sua parcela de contribuição.

Nesta mesma linha de raciocínio não existe identidade mais importante do que a outra. As identidades dos diversos movimentos que existem na Igreja se encontram no mesmo grau de importância.

No entanto, os movimentos que hoje já se encontram estruturado apresentam algo em comum: cultivo da Identidade. Desde os primórdios todos tinham esta preocupação. E por isso hoje são o que todos podemos ver.

Por tudo o que foi dito, a começar pelo Conselho Geral (órgão máximo de governo do DJC), passando pelos DCAs, Articuladores e Coordenadores até chegarmos àquelas pessoas que somente simpatizam o DJC ou que freqüentam, mesmo que esporadicamente, os nossos encontros, todos devem zelar pela Identidade do DJC. Caso contrário ficará comprovada, a olho-nu, a falta de amor pela obra.

Graça e Paz

Francisco Edmar
MGDI